domingo, 30 de dezembro de 2012

72 assaltos a bancos ocorreram este ano no Maranhão, diz SSP

Ação da PC se intensificou no MA, com a desarticulação de 13 quadrilhas, 27 inquéritos concluídos e 70 assaltantes presos.
 
A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) registrou 72 ataques a caixas eletrônicos e agências bancárias na capital e no interior do estado em 2012. Apesar da quantidade expressiva, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma ter resultados positivos nos trabalhos de combate a esta modalidade de crime, em comparação a outros estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil.

“Entre 2011 e 2012, tivemos um aumento de 170% nas ocorrências de explosões a caixas eletrônicos, na média nacional. No Maranhão, esse índice não ultrapassou a casa dos 39%. É claro que a grande quantidade de investida contra os bancos é notória, no entanto, devemos isso principalmente à fragilidade das empresas de explosivos; e à vulnerabilidade da maioria das agências bancárias”, explicou o secretário de Segurança, Aluísio Mendes.
 
Segundo levantamento feito pelo Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (Dcrif) da Seic foram registrados 66 ataques a bancos no interior, com uso de explosivos ou maçaricos. Na Região Metropolitana de São Luís, houve apenas seis ocorrências, nas quais os caixeiros utilizaram uma ferramenta conhecida popularmente como “serra copinho” – que permite fazer pequenos furos arredondados em superfícies metálicas.
 
Na ordem dos ataques ocorridos na capital estão os caixas do Banco do Brasil, instalados no prédio do antigo Távola Center, no bairro Areinha; na Faculdade Atenas Maranhense (Fama), na Avenida São Luís Rei de França e na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), no Calhau, todos em janeiro. Entre julho e novembro, foram assaltados o Itaú, no São Luís Shopping, no bairro Jaracati; o Santander, no Centro, e o Bradesco, no Cohatrac.

“Vapor” – Outra modalidade bastante combatida no Maranhão pela SSP, em 2012, é a chamada “vapor”, ou também conhecida como “novo cangaço”. De acordo com o delegado Luís Jorge Matos, chefe do Dcrif, este tipo de investida dos caixeiros é denominada assim pelo fato de as quadrilhas invadirem as cidades atirando em várias direções para estabelecer o pânico na população local, saquear as agências bancárias e fugir com reféns.
 
Conforme o departamento especializado, apenas três casos com este modo operante ocorreram no estado, nas cidades de Carolina, em março, Santa Helena, em maio, e Lago da Pedra, no início de novembro. Destes, o primeiro foi o mais violento. Na data, seis homens fortemente armados levaram mais de R$ 500 mil do Banco do Brasil. “Recuperamos R$ 475 mil e três bandidos morreram em confronto com a polícia”, recordou o delegado Matos.
 
Sobre este tipo de ação criminosa, o secretário de Segurança Pública garante que as polícias do Maranhão apresentaram redução exemplar, sendo inclusive solicitadas por outros estados da federação a ministrar cursos sobre suas estratégias aplicadas no combate a esta categoria de crime. “Tivemos o menor índice de toda a história do estado, e do Norte/Nordeste, na média de assaltos a bancos”, adiantou o secretário.
 
“A prova desta redução está no histórico da SSP. Em 2009, nossa média de assaltos a bancos era de 19 ocorrências. Em 2010, caiu para cinco. Em 2011, mantivemos a mesma média, porém com um fator positivo: registramos apenas duas ocorrências até o mês de novembro, época em que vivenciamos a greve da Polícia Militar e consequentemente anotamos os outros três ataques”, acrescentou o secretário de Segurança.

Resposta – Diante da “enxurrada” de ocorrências de assaltos, furtos e explosões em agências bancárias, na capital e no interior, a Polícia Civil do Maranhão encerra 2012 com 27 inquéritos instaurados para apuração deste tipo de crime. Dos procedimentos abertos no Dcrif, pelo menos 21 já foram concluídos pelo delegado responsável, também apoiado pelas superintendências de Polícia Civil da Capital (SPCC) e do Interior (SPCI).
 
O resultado das investigações foi à desarticulação de 13 quadrilhas de caixeiros, a maioria oriunda de outros estados, tais como Ceará, Pernambuco, Piauí, Pará, Tocantins, Goiás, e Mato Grosso. Na lista de suspeitos presos em flagrante pela prática de assalto a bancos no Maranhão, a Seic já soma mais de 70 quadrilheiros autuados não apenas pelos assaltos às instituições bancárias, mas a crimes de porte ilegal de arma de fogo e formação de bando armado.
 
“Apesar da grande incidência de ataques a bancos, a Secretaria de Segurança Pública [SSP] do Maranhão demonstrou uma grande eficiência nos trabalhos de combate a esta modalidade de crime, pois todas as quadrilhas que atuaram no estado, em 2012, foram presas. Acreditamos que em 2013 vamos combater ainda mais os bandos de caixeiros, pois atualmente nossas parcerias incluem até a Polícia Federal e o Exército”, concluiu Mendes.
 
O último grupo de caixeiros preso no Maranhão foi o integrado pelos tocantinenses Valdemir Laurindo Flores, o Beni Baleado, de 36 anos; Alberon Laurindo Flores, de 31 anos, e Perivaldo Frazão Braga, de 28 anos. Os três foram interceptados às vésperas do Natal, na cidade de Santa Inês, depois de explodirem horas antes a agência do Banco do Brasil, no município de Paulo Ramos. A polícia os identificou como os responsáveis pelos ataques aos bancos das cidades de Guimarãres e Governador Newton Belo.

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