quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Metade dos parlamentares eleitos que dizem ser negros são brancos

 


O Brasil elegeu nas eleições de 2022, 517 parlamentares que se declararam negros. O número representa 32,3% dos deputados federais, estaduais e senadores que assumirão os mandatos em 2023, de acordo com o UOL. Porém, nem todos esses políticos podem ser considerados negros aos olhos da sociedade brasileira.

A pedido do UOL, uma banca de heteroidentificação racial — método usado para evitar fraudes nas cotas raciais —, apontou que só 263 destes eleitos são negros, o que representa 16,4% dos novos ingressantes no Senado, na Câmara e nas assembleias legislativas estaduais.

Vale lembrar que esta é a primeira eleição em que os partidos foram obrigados, após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a destinar de forma proporcional às campanhas de candidatos negros o dinheiro dos fundos partidário e eleitoral. Dessa forma, só este último disponibiliza R$ 4,9 bilhões, a maior verba desde a sua criação, em 2017. Um cenário em que possíveis fraudes na autodeclaração podem camuflar a falta de avanço da representatividade na política, assim como impedir a análise da efetividade da ação afirmativa.

O UOL publicou uma foto (veja acima) com 10 deputados federais eleitos em 2022 que se autodeclararam negros ao TSE: Alexandre Leite (União Brasil-SP), Andreia Siqueira (MDB-PA), Antônia Lucia (Republicanos-AC), Arthur Lira (PP-AL), Dimas Gadelha (PT-RJ), Duarte Jr (PSB-MA), Júnior Mano (PL-CE), Sérgio Brito (PSD-BA), Silvye Alves (União Brasil-GO), e Wellington Roberto (PL-PB).

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