quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Roberto Costa quer criar outra CPI de ocasião na Assembleia Legislativa

Deputado do PMDB que sempre é escalado pelo Palácio dos Leões quando o assunto é CPI desta vez quer investigar doações de campanha de empresa acusada de praticar trabalho escravo pelo jornal da Família Sarney, mas que não tem qualquer registro relacionado na Comissão Pastoral da Terra ou no Ministério do Trabalho.
Na reta final para o encerramento dos trabalhos da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Roberto Costa (PMDB) levanta a proposta de criar uma CPI para investigar a questão do trabalho escravo . O parlamentar usa como justificativa para isto notícias divulgadas em blogs e outros veículos de comunicação alinhados editorialmente ao Palácio dos Leões associando o nome de Flávio Dino, pré-candidato do PC do B e líder nas pesquisas de intenção de votos, a empresas acusadas de praticar trabalho escravo.
A Alcana Destilaria, situada em Minas Gerais, e que além de ter feito doações para a campanha de Flávio Dino ao governo do Estado em 2010, também fez contribuições para o comitê financeiro da campanha de Dilma Rousseff, naquele mesmo ano, faz parte do grupo de empresas da Infinity  Bio Energy,  e uma das empresas do grupo foi denunciada sob acusação da prática de trabalho escravo.
Porém, não foi a empresa que fez doação para a campanha de Flávio Dino e Dilma Rousseff, foi outra empresa do mesmo grupo. É como se uma afiliada da Rede Globo em outro estado cometesse irregularidades trabalhistas e a  TV Mirante, que também faz parte do grupo de afiliadas da  TV Globo, também fosse acusada por isto.
Esta não é a primeira vez que Roberto Costa tenta criar uma CPI somente para mirar em algum adversário político do Palácio dos Leões. Em outras ocasiões o parlamentar também adotou a mesma estratégia de solicitar CPI´s com objetivos políticos. A situação preocupante de Luís Fernando Silva nas pesquisas de intenção de voto, onde não alcançou ainda o patamar de 20%, leva o PMDB e o Palácio dos Leões a tentar outras alternativas de diminuir a desvantagem do pré-candidato de Roseana Sarney nas pesquisas eleitorais.
Neste cenário, o Palácio dos Leões considera a tática da “ desconstrução” da imagem de Flávio Dino, que segue com considerável diferença em relação a Luís Fernando Silva nas pesquisas de intenção de voto, uma das  prioridade no final do ano  para evitar que o nome do atual Secretário de Infraestrutura não tenha  a mesma sina de Max Barros, que também ocupava o mesmo posto em 2011 e era pré-candidato a prefeitura de São Luis, mas acabou  jogado pra escanteio no ano seguinte.

Por Maranhão da Gente

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