De acordo com denúncia feita nas redes sociais pelo deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), ex-presidente da Assembleia Legislativa e hoje principal voz da oposição ao governo, o Estado assinou um contrato no valor de R$ 34 milhões para o aluguel de uma aeronave de alto padrão destinada às viagens do governador.
“O desgoverno do Maranhão está gastando R$ 34 milhões em contrato de um super helicóptero para as viagens do governador Brandão, enquanto a população enfrenta estradas destruídas, hospitais sem estrutura, escolas fechadas e segurança abandonada”, afirmou Othelino.
Além da locação da aeronave, o governo Brandão também pretende investir R$ 41 milhões na compra de caminhonetes para as 217 câmaras municipais do estado. A medida tem sido interpretada por parlamentares e analistas políticos como uma manobra para fortalecer alianças eleitorais, visando o apoio à pré-candidatura de Orleans Brandão, filho do governador, ao Palácio dos Leões.
“Esse dinheiro deveria ser investido em viaturas, saúde, educação e obras que estão paradas por falta de pagamento aos fornecedores. Mas o governador prefere o luxo e a politicagem a cuidar de quem mais precisa”, criticou Othelino.
Enquanto isso, parlamentares governistas na Assembleia Legislativa permanecem em silêncio diante do uso questionável dos recursos públicos. Deputados como Yglésio Moyses, Neto Evangelista, Osmar Filho e Mical Damasceno, que costumam defender o governo em plenário, ainda não se pronunciaram sobre o contrato milionário para aluguel de helicóptero ou sobre a compra das caminhonetes.
Nas redes sociais, as críticas se multiplicam. Internautas questionam as prioridades da gestão estadual, sobretudo diante do colapso em áreas como transporte (especialmente o ferryboat), infraestrutura viária e abastecimento de medicamentos na rede estadual de saúde.
A população maranhense, que enfrenta diariamente os efeitos da má gestão, segue esperando por investimentos reais em políticas públicas. Enquanto isso, o governo Brandão segue voando alto, distante dos problemas enfrentados por quem vive no chão da realidade.
A reportagem solicitou posicionamento do governo estadual sobre os contratos citados, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto. O espaço permanece aberto para manifestação.
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