De acordo com as primeiras informações, os agentes tentavam prender um suspeito identificado Leandro Silva Sousa de 32 anos, mais conhecido como “Mala”, que reagiu de forma violenta, abriu fogo contra os policiais e fugiu por uma área de matagal, levando as armas das vítimas. Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e demais forças da segurança estadual estão mobilizadas na busca pelo foragido.
A morte do delegado Márcio Mendes é o terceiro caso de assassinato de agentes da segurança pública em menos de uma semana no estado, escancarando a fragilidade do sistema diante da escalada da violência.
Série de crimes contra policiais
No último domingo (7), o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos foi executado com cinco tiros pelas costas durante um bate boca em Trizidela do Vale. O autor dos disparos é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, que é sobrinho do ex-presidente da Famem, Erlânio Xavier, e filho do prefeito de Bernardo do Mearim, Júnior Xavier. O assassinato, apesar de amplamente divulgado, segue sem resposta judicial concreta: até hoje, o pedido de prisão preventiva contra o gestor – já considerado réu confesso – ainda não foi deferido.
Outro episódio trágico ocorreu no último sábado (5), em São Luís. O cabo da PM identificado como F. Júnior foi ferido gravemente no braço esquerdo durante uma tentativa de homicídio enquanto praticava exercícios na Reserva do Itapiracó. O agressor, com extensa ficha criminal, fugiu após o ataque. O policial não resistiu aos ferimentos e morreu na segunda-feira (7).
Falta de reação institucional
A sequência de mortes de agentes públicos em tão curto intervalo acende um alerta preocupante. Policiais civis e militares estão sendo executados em serviço ou fora dele, enquanto o governo do Estado e o sistema de Justiça parecem inertes diante da gravidade dos fatos. A morosidade no caso do prefeito João Vitor Xavier, por exemplo, levanta suspeitas e provoca revolta entre a população e nas corporações.
A falta de resposta rápida e contundente por parte do Judiciário alimenta o sentimento de impunidade, especialmente quando os envolvidos são figuras políticas influentes. “Até hoje a Justiça não decretou a prisão do assassino confesso do soldado Geidson. Isso é inadmissível”, afirmou um policial militar que pediu anonimato.
Enquanto isso, o luto se espalha pelas forças de segurança do Maranhão, que seguem trabalhando sob risco constante, cobrando providências e proteção de um Estado que parece ausente.
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