Os dois candidatos mais votados no primeiro turno foram Francimar Melo, atual presidente estadual, e Genilson Alves, que agora disputam diretamente o comando do partido no estado. Ambos integram chapas apoiadas por diferentes grupos internos do PT maranhense.
O primeiro turno aconteceu no último sábado (6), com a participação de cerca de 85 mil filiados em todo o Maranhão. Somente em São Luís, aproximadamente 15 mil pessoas votaram.
Segundo lideranças partidárias, o processo de apuração foi acompanhado pela Executiva Nacional, e o resultado parcial apontou a necessidade de uma nova votação para definir quem ficará à frente da legenda.
Além do Maranhão, outros estados também realizarão segundo turno no dia 20: Paraná, Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Roraima. No Maranhão 81 municípios haviam sido apurados oficialmente, resultando na seguinte contagem de votos;
Francimar Melo: 5.157 votos (49,38%)
Genilson Alves: 2.442 votos
Raimundo Monteiro: 2.300 votos
Professor Rogério do PT: 435 votps
Eri Castro: 79 votos
Esses são os únicos votos reconhecidos como válidos para efeito de apuração estadual. A inclusão de votos posteriores ao horário definido não foi autorizada, e nenhum recurso contra essa regra foi apresentado por Francimar, nem à instância estadual, nem à direção nacional do PT. Mesmo assim, o atual presidente tenta confundir a militância, afirmando publicamente que venceu com 58% dos votos – percentual inflado com base em votos que não foram homologados oficialmente.
A tentativa de antecipar o resultado final e se autodeclarar vencedor fere o espírito democrático do PT e as diretrizes que orientam o Processo de Eleições Diretas (PED). Ao insistir na narrativa de que não haverá segundo turno, Francimar desrespeita a base militante, a Comissão Eleitoral Estadual e a própria estrutura partidária que sempre defendeu a democracia interna como um valor essencial.
Com a decisão da comissão e a validação da orientação nacional, o segundo turno entre Francimar Melo e Genilson Alves está confirmado, garantindo que a escolha final da direção estadual ocorra de forma legítima, transparente e democrática, como é tradição no PT.
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