quinta-feira, 22 de maio de 2014

Envolvidos em esquema de empresas fantasmas e Petrobras coordenam campanha de Edinho Lobão

‘HABLÁDORES’ Edinho escolheu beneficiados em esquema fraudulento para intermediar ‘conversas empreendedoras’ entre sua campanha e a imprensa. Foto: Agência Senado
Dois envolvidos num esquema fraudulento que desviou cerca de R$ 500 mil de um projeto de R$ 1,3 milhão firmado entre a então Fundação José Sarney – hoje Fundação da Memória Republicana Brasileira – e a Petrobras, em 2005, coordenam a campanha do senador gazeteiro sem votos, Edison Lobão Filho, o Edinho (PMDB), ao governo estadual.

Trata-te de Antônio Carlos Lima, o ‘Pipoca’, ex-secretário de Comunicação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e atual assessor do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, pai de Edinho; e o seu irmão, Félix Alberto Lima, dono da empresa Clara Comunicação, que fatura milhões com a Prefeitura de São Luís e deve ganhar a conta do Governo do Estado, caso Lobinho venha conseguir o prodígio de permanecer como o ungido dos Sarneys, ganhar seus primeiro voto e ser eleito em outubro próximo.

Atual7 apurou que o esquema funcionou na seguinte forma: um projeto cultural fictício foi criado para receber dinheiro da Petrobrás em forma de patrocínio. Do total de R$ 1,3 milhão repassado pela estatal para a preservação do acervo de livros, documentos e obras de arte, pelo menos R$ 500 mil foram parar em contas de empresas prestadoras de serviço com endereços fictícios em São Luís e até em uma conta paralela que nada tem a ver com o projeto. Na época, foram anexados na relação de despesas até recibos da própria Fundação José Sarney para justificar o saque de R$ 145 mil da conta aberta para movimentar o dinheiro do patrocínio, e a Petrobras era comandada por José Sérgio Gabrielli, homem de confiança do senador José Sarney (PMDB/AP), que em 2011 veio ao Maranhão lançar a pedra fundamental de um dos maiores estelionatos eleitorais planejados e executados pelo Clã, a Refinaria Premium I, no município de Bacabeira.

O envolvimento de ‘Pipoca’ se deu por meio de sua mulher, então sócia da Ação Livros e Eventos. Das 34 notas fiscais que foram emitidas pela Ação para receber o pagamento por serviços prestados ao projeto que nunca saiu do papel, 30 eram sequenciais – é como se a firma tivesse apenas a Fundação José Sarney como cliente.

Já Félix Alberto Lima teve sua participação no esquema por meio da Clara Comunicações, levando uma bolada quase duas vezes maior que a do irmão, pela divulgação do projeto cultural fictício.

Atualmente, esse tipo de divulgação continua sendo utilizada para eleger Edinho, como a usada recentemente por Roseana Sarney, ‘irmã’ do peemedebista segundo ela própria, que passou para a população maranhense, em propaganda oficial do Governo do Estado, que seu gestão é o responsável pela ampliação de um shopping na capital, o ‘São Luís’.

Atual7 apurou ainda que, além da verba despejada nas contas concorrentes da empresa da mulher de ‘Pipoca’ e da Clara Comunicação, uma parcela do dinheiro foi parar na conta da TV Mirante e duas emissoras de rádio, a Mirante AM e a Mirante FM, de propriedade do Clã Sarney, a título de veiculação de comerciais sobre o projeto que nunca saiu do papel.

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