Beatriz Faustina não recebe Seretide, que custa R$ 136,00, há três meses |
De acordo com os pacientes da Feme, na unidade mantida pelo Governo, estão faltando medicamentos de uso essencial, como Arava (usado contra o reumatismo) e Reminil (utilizado por pacientes com o mal de Alzheimer e que custa, no mercado, R$ 432,00). Além destes, pelo menos outros dois remédios, o Seretide (para melhora da função pulmonar) e Spiriva (para pacientes com doenças pulmonares crônicas), também estão em falta.
A aposentada Beatriz Faustina Souza, de 80 anos, moradora do bairro Monte Castelo, disse a O Estado, na tarde de ontem, que não recebe o remédio Seretide há mais de três meses. “Este remédio custa R$ 136,00, todo mês. Tomo dois comprimidos por dia e cada caixa tem 60. Logo, tenho de gastar da minha aposentadoria e o que eu não tenho, às vezes, para tomar o meu remédio”, informou.
Ela vê a ausência do medicamento como um absurdo. “A gente paga imposto todo dia e o que mais quer é ter um serviço público de qualidade. Quando não se tem essa oferta dos nossos governantes, é porque a coisa não está boa”, complementou a aposentada.
O também aposentado Procópio Alves Ferreira, de 74 anos e morador do Bairro de Fátima, alegou que não recebe o medicamento Spiriva, na Feme, há mais de cinco meses. “Venho aqui quase todos os dias. Nunca há o remédio. Estou tendo de recorrer a outros remédios mais baratos, mas que não tem o mesmo efeito, para me manter”, disse.
Ainda de acordo com o paciente, o remédio Spiriva tem alto custo de mercado e cada caixa custaria R$ 600,00.
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