O governo da prefeita de Axixá, Maria Sônia Oliveira Campos,
a Soninha (PDT), fechou, no dia 13 de março, pelo menos quatro contratos com a
mesma empresa, a M. Dos. M D Araújo-EPP, para o mesmo tipo de prestação de
serviços: fornecimento de material de limpeza. Os contratos que caracterizam
duplicidade somam mais de R$ 600 mil.
A Lei federal n.º 8.666/1993, a chamada Lei das Licitações,
veda este tipo de procedimento por caracterizar fracionamento de despesa. Por
conta disso, Soninha que foi presa pela Operação Rapina, em dezembro de 2007,
por denúncias de fraude de licitações, ainda terá muito que explicar a vigência
dessas contratações para o mesmo objeto.
As propostas firmadas com a empresa M. Dos. M D Araújo, cujo
nome de fantasia é Comercial Diniz, foram assinados no mesmo dia. O primeiro
contrato, no valor de R$ R$ 149.501,96 (cento e quarenta e nove mil e
quinhentos reais e noventa e seis centavos), foi firmado para fornecimento de
material de limpeza à Secretaria Municipal de Saúde.
O segundo contrato, firmado com Secretaria Municipal de
Administração, teve valor global de R$ R$ 74.396,02 (setenta e quatro mil,
trezentos e noventa e seis reais e dois centavos). Esse foi o mesmo valor do
terceiro contrato firmado com a Secretaria de Assistência Social. Nos dois
casos, o objeto contratado foi o mesmo: fornecimento de material de limpeza.
O quarto contrato, realizado pela Secretaria Municipal de Educação,
teve o maior valor R$ 299.443,05 (duzentos e noventa e nove mil, quatrocentos e
quarenta e três reais e cinco centavos). O objeto contratado também foi o
mesmo.
Estranhamente, os extratos dos contratos que passam de meio
milhão, assinados no dia 13 do mês passado, só foram publicados no Diário
Oficial do Estado (DOE) dez dias depois, o que torna contratação ainda mais
suspeita no governo da prefeita Soninha.
Além dos quatro contratos para o mesmo objeto, outras
irregularidades também estão sendo questionadas. Uma delas diz que às empresas
desclassificadas no processo licitatório, mas que estranhamente resolveram
relaxar o direito de interposição de recurso contra as decisões da Comissão de
Licitação.
Devido aos indícios de irregularidades, cabe ao Ministério
Público do Maranhão investigar os tramites do certame e, em caso de
irregularidades, representar os envolvidos por improbidade administrativa.
OUTRO LADO
Desde ontem, 24, o blog contato com a prefeitura axixaense,
para obter esclarecimentos em relação aos contratos firmados, mas até a
publicação desta matéria, contudo, ninguém foi localizado para comentar sobre o
assunto.
E MAIS:
Na época em que a prefeita Sônia Campos foi presa por fraude
em licitações, a Polícia Federal chegou a descobrir que na sala 103 de um
centro empresarial, localizado no Calhau, funcionava um escritório da prefeita
axixaense, usado supostamente para organizar os procedimentos fraudulentos.
No local chegaram a ser recolhidos vários documentos. Com a
chegada da polícia, o marido de Sônia teria se trancado, obrigando os policiais
a chamarem um chaveiro para abrir a porta.
Do blog do Antônio Martins
Do blog do Antônio Martins
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