A gestão do prefeito de Rosário (MA), Jonas Magno (PDT), tem sido acusada de retaliação política após a retirada da sede da Liga Esportiva Rosariense do Estádio Municipal Serejão. A medida, segundo denúncias, foi determinada após o presidente da Liga, Marcos Aurélio, vencer a eleição da entidade contrariando os interesses da Prefeitura, que apoiava um candidato próprio.
De acordo com informações obtidas pelo portal G7, a disputa teve início quando o então vice-presidente da Liga, Marcos Aurélio, lançou candidatura à presidência e derrotou o nome indicado pela Secretaria Municipal de Esportes. Ainda segundo relatos, a gestão municipal teria prometido doações de bolas, uniformes e transporte gratuito aos clubes como forma de apoio ao seu candidato — mas a maioria optou por apoiar Marcos Aurélio, que venceu com ampla margem.
Após a derrota, o secretário de Esportes, Dimas Tinoco, passou a ameaçar a retirada da sede da Liga do Estádio Serejão. O despejo foi oficializado por meio de ofício assinado pelo próprio secretário, e a mudança de endereço ocorreu neste sábado (24), segundo informou a diretoria da entidade esportiva.
Além da retirada da sede, a Prefeitura teria ameaçado não ceder o Estádio Serejão para os campeonatos organizados pela Liga. Em paralelo, a Secretaria Municipal de Esportes anunciou a realização de um campeonato alternativo, com promessa de premiação de R$ 40 mil — o que foi interpretado por membros da Liga como uma tentativa de esvaziar a atuação da entidade.
Hoje, a Liga Esportiva Rosariense é composta por cerca de 60 clubes, entre equipes da primeira e segunda divisões, máster e sênior. Em nota, o presidente Marcos Aurélio classificou a ação como desrespeitosa e motivada por razões políticas. “Fomos despejados pelo secretário de Esportes, e isso só ocorreu após vencermos a eleição contra o candidato apoiado pela gestão”, declarou.
Segundo fontes, o procurador-geral Pérez Paz teria comunicado ao prefeito Jonas Magno que, caso o presidente da Liga Rosariense fosse um nome indicado pela Secretaria Municipal de Esportes, a entidade seria contemplada com uma emenda parlamentar do deputado André Fufuca. Diante da promessa de recursos, o prefeito teria “crescido os olhos” e iniciado articulações para afastar Marcos Aurélio da presidência da liga. No entanto, o plano não saiu como esperado — e o tiro acabou saindo pela culatra.
A Secretaria de Esportes e a Prefeitura de Rosário ainda não se manifestaram sobre as acusações até a publicação desta matéria.
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