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Rua onde empresa informou na Junta Comercial que funciona sua sede em Pinheiro
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Na representação formulada ao promotor de justiça Tiago Carvalho Rohrr,
que está respondendo pela comarca santa-ritense, a P. I. Cardoso Araújo
alega que o edital do certame lançado no dia 6 de julho, restringe a
competitividade limitando a licitação apenas às empresas que estejam
sediadas em Santa Rita. No entanto, por mais que a prefeitura
santa-ritense venha alterar o edital para permitir a participação de
fornecedores de fora cidade, a P. I. Cardoso – por possuir débitos
fiscais – poderia ficar de fora do certame, pois não consegue emitir
algumas certidões que comprove sua regularidade fiscal junto a Receita
Federal.
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Contratos da empresa em 2017 com as três prefeituras |
INDÍCIO DE FRAUDE
De acordo com documentos ao qual o blog teve acesso, mesmo com débitos junto ao fisco federal, a P.I Cardoso teria apresentado algumas certidões falsas na origem de suas emissões com o objetivo de participar de licitações em Arari, Palmeirândia e Governador Nunes Freire para fornecimento de pneus, câmaras de ar e protetores; além de gêneros alimentícios, ferindo com isso, o caráter competitivo do certame que está previsto no tipo penal do artigo 90 da Lei das Licitações, a Lei 8.666/1993.
Os indícios de fraudes
ficam ainda mais evidentes quando se acessa o site da Receita Federal,
para obter autenticação de uma das certidões. Para emitir um desses
documentos, a empresa precisa estar em situação regular com o fisco
federal. Apesar de ter apresentado uma Certidão Positiva com Efeito de
Negativa, emitida às 10h04, do dia 13 de janeiro de 2017, o sistema de
autenticação confirma que o documento não foi emitido pelo contribuinte.
O site da Receita Federal informa ainda que a última certidão de
regularidade fiscal emitida pela empresa foi no dia 07 de agosto de
2014, com validade até 03 de fevereiro de 2015, conforme documento em
anexo.
Código Tributário Nacional – CTN, Lei nº 5.172/1966, no art. 193,
estabelece como requisito para a contratação com o Poder Público a prova
de “quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública
interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou
concorre”.
OUTRO LADO
O blog tentou contato com algum representante da empresa para comentar as denúncias, mas até o fechamento desta edição não obtivemos sucesso. Apesar disso, com base nas informações apresentadas há de se questionar: era com esses documentos que a empresa iria participar da licitação em Santa Rita? Caso seja constatada a fraude dessas certidões, qual será a posição do Ministério Público, órgão que recebeu a denúncia formulada pela empresa suspeita?
Por Davi Max
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