A luz amarela que aponta para suspeitas de corrupção na administração pública do município de Cachoeira Grande está acesa sobre outra prefeitura maranhense: a de Rosário. O alvo desse ingrato holofote agora é a gestão da prefeita Irlahi Linhares (PMDB), que entre janeiro a dezembro de 2016, pagou R$ 79,5 mil por um contrato assinado por Cesar Roberto Mendes Ahid, sócio da empresa H.C.G. Serviços Tecnológicos Ltda – ME, para prestação de serviços de suporte técnico em manutenção da rede de internet.
O contrato de serviço levanta suspeitas de que a mesma associação criminosa acusada de desviar dinheiro público da cidade cachoeirense também teria atuado no município rosariense, administrado por Irlahi Linhares desde 2013. Ela é esposa do ex-deputado Pedro Vasconcelos , irmão do ex-prefeito de Cachoeira Grande, Francivaldo Vasconcelos Sousa Filho, preso juntamente com o filho, Alexandre Vasconcelos Oliveira Sousa, na última sexta-feira (23), na operação deflagrada pela Polícia Civil do Maranhão em um trabalho conjunto com o Ministério Público.
Durante coletiva de imprensa realizada na Secretaria de Segurança Pública, as autoridades que coordenaram a operação, informaram que as prisões foram resultadas de medidas judiciais de investigações da Polícia Civil e pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) que apontaram os crimes de superfaturamento, fraudes em licitações, desvios de verbas públicas e improbidade administrativa de 2013 a 2016.
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Contrato mostra que organização que desviou dinheiro em Cachoeira Grande teria atuado em Rosário.
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As investigações revelaram que um dos canais de escoamento dos recursos públicos era a empresa Habitat Ltda – ME, que tem em seu quadro societário o analista de sistema Cesar Roberto Mendes Ahid, como sócio e o empresário Celso Raposo de Campos Filho, como administrador.
Além da Habitat, segundo o blogueiro ANTÔNIO MARTINS apurou que Cesar Ahid possui sociedade em outras seis empresas no Maranhão. Uma delas é a H.C.G. Serviços Tecnológicos Ltda – ME contratada na cidade rosariense num processo licitatório que teria sido realizado na modalidade ”convite”, quando ao menos três empresas selecionadas pela prefeitura são chamadas a apresentar propostas para a prestação de um serviço previamente descrito. A contratação repetiu o modelo adotado nos contratos do município cachoeirense.
A empresa Habitat ganhou um contrato foram dos padrões em 2012 para prestar serviços de limpeza interna e externa nos prédios públicos municipais, pelo prazo de 12 meses. No entanto, nunca realizou uma limpeza nos locais. Pela prestação de serviço, a empresa ganhou a absurda quantia de R$ 3.119.189,04 (três milhões, cento e dezenove mil, cento e oitenta e nove reais e quatro centavos). No ano seguinte, a Prefeitura assinou um termo aditivo com a empresa.
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Empresas assinaram termo de renúncia ao direito de recorrer em ‘licitação’.
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Para o delegado-geral, Lawrence Melo, os avanços contra esse tipo de modalidade criminosa seguem passo a passo no Maranhão. “Vamos atacar o corruptor, porque só existe o corrupto, se houver o corruptor. São criminosos que, por vantagens pessoais, comprometem a prestação de serviço para todos, seja na qualidade da saúde, educação, infraestrutura e segurança da população” finalizou Lawrence Melo.
O ex-prefeito Francivaldo Vasconcelos e seu filho foram encaminhados ao Centro de Triagem de Pedrinhas, onde devem permanecer presos aguardando um parecer da justiça. As investigações devem continuar visando localizar e prender os demais integrantes da associação criminosa, entre eles, o empresário Gustavo Vasconcelos Oliveira Souza, filho do marido de Irlhai e o contador Pedro Silva dos Santos.
MAIS DENÚNCIAS
Nos próximos dias o blog vai publicar mais denúncias sobre esse caso, principalmente sobre os indícios de envolvimento de Pedro Vasconcelos que estaria administrando a Prefeitura rosariense no lugar da mulher. Mandando e desmandando no Palácio Ivar Saldanha, sede da prefeitura rosariense, ele é quem acompanha, vistoria e monitora os contratos para prestação de diversos serviços na administração. Assim como em Cachoeira Grande, nada é feito sem seu aval ou autorização previa. Tanto que o blog obteve uma lista de empresas contratadas nos dois municípios com ligações diretas do ex-deputado estadual que figurou na política maranhense na década de 90.
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