quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Assembleia aprova criação de novos cargos e governo Brandão gera mais empregos para os aliados que o Grupo Mateus



Se o próximo balanço do Caged apontar aumento no número de empregos no Maranhão, a explicação pode estar menos no setor produtivo e mais na política. Com apoio da base governista na Assembleia Legislativa, os deputados aprovaram a Medida Provisória 513/2025, que cria cinco novos cargos comissionados de simbologia isolada. As novas vagas se somam a outras 120 criadas por decreto do governo Carlos Brandão, destinadas a acomodar aliados que declararam apoio ao sobrinho do governador, Orleans Brandão.

O deputado estadual Othelino Neto, que votou contra a MP, criticou duramente a expansão da máquina pública.

“Somos contra porque isso não resolve os problemas do povo; só incha, ainda mais, a estrutura estadual para atender interesses políticos”, afirmou o parlamentar em suas redes sociais.

Segundo Othelino, enquanto faltam investimentos em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e segurança, o governo opta por multiplicar cargos para empregar aliados e parentes, priorizando articulações eleitorais em vez de políticas públicas. “O maranhense trabalha, paga impostos e merece respeito, não um governo preocupado em montar estrutura eleitoral familiar às custas do erário”, completou.

Outro deputado de oposição que reagiu foi Carlos Lula, que classificou a aprovação como “manobra eleitoral” e criticou a submissão da Assembleia ao Palácio dos Leões. “O Palácio dos Leões manda e a Assembleia obedece, criando 120 novos cargos em comissão. Enquanto isso, quem luta por concurso público segue sem expectativa. É um trem da alegria para tentar eleger o sobrinho do governador a qualquer custo”, declarou. O parlamentar afirmou que a oposição deve recorrer à Justiça para tentar barrar a medida.

Parlamentares governistas que atacam Brasília ou a gestão municipal de São Luís, seguem em silêncio diante do inchaço da máquina estadual. A crítica é de que parte dos deputados prioriza emendas parlamentares e acordos políticos, deixando de lado a realidade social do Maranhão, que ainda enfrenta altos índices de pobreza.

Com mais cargos e mais articulação política, cresce a percepção de que o estado está longe de superar práticas que ampliam a dependência da máquina pública e reduzem a transparência na gestão. Para muitos maranhenses, o sentimento é de esgotamento: o Maranhão não aguenta mais tanta exploração por poder.

Do G7MA

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