segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Em São Luís: Sindicato dos professores interpõe recurso e continua mobilizado na greve

Falta de diálogo entre professores e a Prefeitura faz estudantes ficarem fora das salas de aula. Nós próximos dias categoria promete realizar novos atos
Sindeducação fez vistoria em escolas que não tem condições de atender os alunos 

Após quase duas semanas do início da greve dos professores da rede municipal de ensino de São Luís, o diálogo entre os docentes e a Prefeitura ainda não foi estabelecido. Dessa forma, muitos estudantes estão sendo prejudicados com a ausência dos docentes nas salas de aula. Nesta semana, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) determinou a suspensão da paralisação, iniciada no dia 1º de agosto, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada dia de descumprimento. Os professores também devem retornar imediatamente às atividades.
A decisão é do desembargador Ricardo Duailibe, membro da 5ª Câmara Cível do TJ-MA, que deferiu parcialmente liminar requerida pelo Município de São Luís. Em sua decisão, o magistrado ressaltou a necessidade de garantia da continuidade das atividades educacionais destinadas às crianças e adolescentes que estudam na rede municipal, enquanto serviço público essencial, além da necessidade de serem esgotados todos os recursos negociais antes da deflagração de movimento grevista.
Recurso 
Após a decisão do desembargador, a assessoria jurídica do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação) entrou com um recurso contra a decisão de Duailibe, afirmando que o magistrado não era o desembargador competente para apreciar a matéria.

Enquanto a situação não é resolvida, os professores afirmaram que continuarão mobilizados na paralisação. Na sexta-feira a categoria realizou blitzs nas portas das escolas durante o período da manhã e tarde. Na segunda-feira, dia 14, está prevista uma plenária na sede do sindicato e no dia 21 ocorrerá uma assembleia geral.
Segundo Sindeducação, a greve dos professores é decorrente da falta de negociações com relação ao reajuste salarial 2017 e por causa da lentidão na reforma de escolas municipais. De acordo com o sindicato, mais de 30 escolas na capital ainda não iniciaram o ano letivo por falta de condições dos prédios, que não oferecem estrutura adequada e segurança para professores e alunos.
A categoria decidiu pela greve geral depois que a Prefeitura de São Luís saiu da última mesa de negociação sem oferecer nenhum reajuste para os profissionais do magistério. A proposta de reajuste salarial deliberada em assembleia e encaminhada à Prefeitura de São Luís é de 7,64%, mais o parcelamento das perdas salariais que chegam a 16,07% e ainda uma gratificação de incentivo à docência de R$ 400,00 para os professores efetivos, de acordo com o Sindeducação.
SAIBA MAIS
Reivindicações dos professores

- Construção de creches e escolas
- Melhoria na infraestrutura das escolas
- Melhores condições de trabalho
- Alimentação escolar de qualidade
- Regularização do transporte escolar
- Reajuste salarial de 7,64%
- Quitação das perdas salariais de 2012 à 2016, que somam 16,7%

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