Por Simplicio Araújo
Para os leonistas, a receita é sempre a mesma: comprar apoio da maioria dos deputados, senadores e prefeitos; anunciar obras com ordens de serviço que raramente se materializam; calar a imprensa com contratos; amarrar lideranças e partidos com recursos públicos — tudo isso embalado pela bênção de Lula.
Mas, desta vez, as pesquisas mostram que esse método não funciona mais.Hoje, o candidato do Palácio tem uma margem menor que Roseana em 2018 e menor que Edinho Lobão em 2014 — ambos derrotados. E há um agravante fatal para o grupo: quem vota em Felipe Camarão dificilmente votará em Orleans; e quem vota em Braide ou Lahesio, certamente não votará.
Os números são claros: Braide: cerca de 35%, Lahesio: 26%, Orleans: cerca de 20% e Camarão com cerca de 19%.
Lula ainda mantém maioria entre os maranhenses, mas seus votos estão distribuídos entre Braide, Orleans e Camarão e até uma parcela menor em Lahesio. Isso desmonta o mito de que Lula define a eleição pra governador, de novo. Em 2014 Lula apoiou Edinho Lobão e todos sabemos no que deu.Diante disso, já é possível afirmar com todas as letras: não existe cenário realista em que votos de Braide, Lahesio ou Camarão migrem para Orleans. Somados, esses três campos representam cerca de 80% do eleitorado. Se houver união entre dois deles, ou entre os três, a eleição acaba no primeiro turno.
Braide carrega a expectativa de mudança com segurança; Lahesio traz o recall e a força surpreendente da última eleição; ambos projetam liderança e firmeza. Enquanto isso, Camarão vê seu sonho de governar ser atropelado por um projeto familiar marcado por ganância, retrocesso e abuso de poder — e o eleitor maranhense não quer mais isso.
O Maranhão está mudando. E quando o povo começa a enxergar que o poder não é herança de família, nem propriedade de grupos, mas escolha livre do cidadão, nenhuma máquina se sustenta. A eleição de 2026 não será decidida por ordens de serviço, cofres abertos ou alianças forçadas — será decidida pela maturidade de um estado cansado de tanta violência, saúde e educação de faz de conta e quer escolher seu próprio caminho.
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