É lamentável que a Comissão Pastoral Carcerária se deixe levar pelos interesses contrariados do padre Roberto Perez Cordova, que deixou de receber salário por uma terceirizada em Pedrinhas, e publique uma Carta Aberta ao governador Flávio Dino recheada de inverdades sobre a sua reação durante uma reunião ocorrida no Palácio dos Leões.
Em nota, o governo do Estado disse estranhar o teor da carta aberta da Pastoral, quando se sabe que ao final da reunião os presentes fizeram questão de posar para uma foto festiva ao lado do governador.
O palácio dos Leões explica que durante a reunião Flávio Dino apenas respondeu a uma equivocada afirmação sobre a piora do sistema carcerário, colocando os avanços alcançados em 2015, onde houve uma redução de 61% no número de fugas, 63% no número de mortes e nenhuma rebelião em Pedrinhas, como as que marcaram a administração Roseana Sarney.
Na nota, o governo afirma que em momento algum o governador afirmou que o sistema penitenciário estava perfeito e isento de problemas, lembrando ainda que a reação despropositada na carta atribuída à Pastoral, deve-se à revelação que um dos seus membros, o padre Cordova, recebia remuneração indevida de uma empresa terceirizada no sistema carcerário.
Pelo Facebook, Flávio Dino reagiu com a firmeza esperada para esses casos avisando que o seu governo não distribui dinheiro público para ser “simpático” e comprar silêncios, como foi o caso do padre, que enquanto estava empregado não se manifestou nenhuma vez sobre o caos generalizado que ocorria em Pedrinhas.
– Governo o estado com a seriedade e a firmeza necessária para enfrentar chantagens e a raiva dos privilegiados de ontem. Seja quem for – escreveu Flávio, que ainda completou:
– Nosso governo se recusa a pagar “mensalinhos”. Para qualquer autoridade: civil, militar ou eclesiástica. Isto desperta reações lamentáveis.
Leia a nota oficial do governo sobre o caso:
NOTA OFICIAL
A respeito de nota atribuída à Pastoral Carcerária, o Governo do Maranhão tem a informar:
1 – A nota é absurdamente inverídica, pois jamais o governador do Estado afirmou que o sistema penitenciário estava perfeito e isento de problemas, tampouco se “descontrolou”. Frise-se que a reunião encontra-se gravada e terminou com uma festiva foto, com todos os participantes.
2 – O governador do Estado apenas respondeu a uma equivocada afirmação de que o sistema penitenciário “piorou” neste ano de 2015. Ao fazê-lo, resumiu os avanços e anunciou as medidas que serão adotadas para continuar melhorando. Lembramos que, neste ano, houve uma redução de 61% no número de fugas e de 63% no número de mortes, e nenhuma rebelião em Pedrinhas. Os dados são públicos e estão à disposição de todos.
3 – Na verdade, a nota atribuída à Pastoral Carcerária deriva da revelação de que um dos seus membros recebia remuneração indevida de uma empresa terceirizada no sistema penitenciário. O que gera, aí sim, reações prepotentes e descontroladas.
4 – Sobre a presença da Pastoral Carcerária em Pedrinhas, ela será sempre bem vinda, assim como tem sido bem recebidas todas as instituições que verdadeiramente querem melhorar a execução penal no Brasil. O governo do Maranhão vai continuar corrigindo os erros do sistema penitenciário, nos termos de Acordo assinado com o presidente do Supremo Tribunal Federal e outras autoridades.
Governo do Estado do Maranhão
São Luís, 27 de junho de 2015
Do blog do Raiumundo Garrone
Do blog do Raiumundo Garrone
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