quarta-feira, 19 de julho de 2017

Em Rosário: Unidade Regional da SES realizou capacitação sobre Leishmaniose Visceral para profissionais de saúde de Rosário, Santa Rita, Bacabeira e Barreirinhas



Gestor da Regional de Saúde de Rosário Willame Anceles
Uma importante reunião técnica sobre diagnóstico e tratamento das leishmanioses, com destaque para a do tipo visceral, mais conhecida como calazar e que é a forma mais grave, foi realizada em Rosário, nesta quarta-feira (19), das 08h00min até 13h00min, na escola municipal José Maria Macau. Participaram mais de 50 profissionais de saúde (de diferentes esferas administrativas), entre médicos, enfermeiros e coordenadores de vigilância epidemiológica e atenção primária, bem como demais profissionais dos municípios de Rosário, Santa Rita, Bacabeira e Barreirinhas.

A iniciativa foi do próprio gestor da Unidade Regional de Rosário de Saúde, o enfermeiro Willame Waquim Anceles, juntamente com Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças / Departamento de Controle Zoonoses / Serviço de Leishmanioses, após ficar constatado o aparecimento de casos nestes municípios, incluindo uma morte por Leishmaniose Viceral L.V. em Rosário.



De acordo com o gestor regional da SES, o objetivo é bem pontual e técnico. “O evento foi realizado para capacitar e atualizar o corpo técnico de profissionais de saúde, de todas as esferas administrativas que atuam nos municípios de Rosário, Santa Rita, Bacabeira e Barreirinhas, sobre aspectos epidemiológicos e clínicos da L.V., habilitando-os a atuar da maneira correta para que a população tenha o melhor atendimento profissional possível, levando em consideração que pela falta de informação é que, às vezes, muitas vidas são perdidas por causa da leishmaniose”, disse Willame.

O evento teve como palestrante principal a médica veterinária Dr. Munique que é coordenadora estadual de zoonoses e controle de leishmanioses da própria superintendência. Ela esclareceu todas as dúvidas dos profissionais com perfil para desenvolverem e/ou que estejam desenvolvendo ações de vigilância e controle das leishmanioses.

Médica veterinária Dr.Munique




A doença:

A leishmaniose é uma doença provocada pelos parasitas unicelulares do gênero Leishmania. Existem três tipos de leishmaniose: visceral, que ataca os órgãos internos, cutânea, que ataca a pele, e mucocutânea, que ataca as mucosas e a pele. É uma doença que acomete cães, roedores, animais silvestres e o homem.

A transmissão ocorre por meio da picada de insetos específicos (Lutzomyia longipalps) conhecidos no Brasil como mosquito-palha, birigui e outros. O contágio não é feito de pessoa para pessoa.

O período de incubação pode variar de dias a meses.

A leishmaniose visceral, também conhecida por calazar, tem um período de incubação de vários meses a vários anos. As leishmanias danificam órgãos como o baço e o fígado com aumento dos mesmos, além de causar danos na medula óssea. Os sintomas são: febre, tremores violentos, diarreia, suores, mal estar, fadiga, falta de apetite, perda de peso, anemia e palidez da pele e algumas vezes manifestações como úlceras e zonas de pele escura.

A leishmaniose cutânea é a forma mais comum de leishmaniose. É uma infecção de pele causada por um parasita unicelular, que dá origem a uma mancha vermelha ou um nódulo. Geralmente se manifesta duas a três semanas após a picada aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias

A leishmaniose mucocutânea é a mais temida forma de leishmaniose cutânea porque produz lesões destrutivas das mucosas e cartilagens, ocorre a partir de uma lesão cutânea inicial, os parasitas podem se disseminar pela mucosa da boca ou do nariz. Em alguns pacientes, esse tipo de leishmaniose pode levar a desfiguração facial.

O diagnóstico é realizado pela observação direta microscópica dos parasitas em amostras de linfa, sanguíneas ou de biopsias de baço.

Ao aparecerem os primeiros sintomas, principalmente se a pessoa estiver exposta aos locais de risco, convivendo com cães e entulhos aos arredores, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima para a realização do exame laboratorial. O tratamento é feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.

No entanto, a orientação fundamental é focada na prevenção, para diminuir o risco de contrair a doença. Como principal maneira, é apontada a limpeza dos locais abertos públicos e privados evitando a formações de pequenos lixões, descartando de forma adequada todos os tipos de lixos. Além disso, o uso de repelentes, roupas adequadas, uso mosquiteiros, colocação de telas e tudo que possa evitar a picada do mosquito. O Ministério da Saúde determina que animais infectados sejam sacrificados. Mas existem formas de prevenção, especialmente, para cães, através da vacina.


Por Renato Waquim

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