O governo do Maranhão não quis comentar o vídeo feito por presos em que eles
comemoram a decapitação de rivais no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A
Folha enviou as imagens ao governo.
Segundo a Secretaria Estadual de Comunicação Social, imagens supostamente
registradas na prisão estão sendo divulgadas e poderão ser alvo de inquérito
para investigar sua veracidade.
Presos
filmam decapitados em penitenciária no Maranhão; veja vídeo
MA diz que CNJ divulga 'inverdades' sobre presídios do Estado
Chefes de facções do MA serão transferidos para prisões federais
MA diz que CNJ divulga 'inverdades' sobre presídios do Estado
Chefes de facções do MA serão transferidos para prisões federais
Sobre providências para conter as mortes no presídio, cobradas pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o governo de Roseana Sarney (PMDB)
afirmou ontem que há "inverdades" sendo divulgadas a respeito do assunto.
Desde o ano passado, 62 detentos foram mortos no local em confrontos entre
facções criminosas rivais.
O relatório do governo do Maranhão enviado à PGR ontem servirá de base para o
procurador-geral decidir se pedirá ao Supremo intervenção federal no Estado por
causa da violência nos presídios.
Ao divulgar o documento, o governo atacou o juiz do CNJ (Conselho Nacional de
Justiça) Douglas de Melo Martins, autor do relatório que denuncia assassinatos,
estupros de parentes de presos e torturas em Pedrinhas.
A gestão Roseana diz que Martins divulga "inverdades" para "agravar ainda
mais" a situação das cadeias do Estado. O governo diz nunca ter recebido
denúncias de estupros de parentes de presos.
Diz ainda ser "fraude grosseira" um vídeo anexado ao relatório que mostra um
homem agonizando com a perna dissecada, supostamente vítima de tortura no
presídio. Segundo o Estado, o vídeo circula há mais de dois anos na internet "em
sites pornográficos e até de pedofilia".
O CNJ disse que avalia as declarações do governo.
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