De autoria dos deputados Neto Evangelista (DEM) e Adriano
(PV), a Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, por unanimidade, na Sessão
Extraordinária com Votação Remota por Videoconferência, realizada nesta
segunda-feira (18), o Projeto de Lei 086/2020, que dispõe sobre medidas de
proteção aos maranhenses durante o Plano de Contingência do Novo Coronavírus no
Maranhão. A proposição veda a interrupção de serviços essenciais por falta de
pagamento, pelas concessionárias de serviços públicos relativos ao fornecimento
de energia elétrica, gás, água e tratamento de esgoto.
A matéria também proíbe a majoração, sem justa causa, do
preço de produtos ou serviços durante o período em que estiver em vigor o Plano
de Contingência do Novo Coronavírus no Maranhão.
O projeto de lei, que recebeu parecer favorável da Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Defesa dos Direitos Humanos e
das Minorias, foi encaminhado pelo presidente da Assembleia Legislativa,
deputado Othelino Neto (PCdoB), à sanção do governador Flávio Dino (PCdoB).
O deputado Neto Evangelista agradeceu o trabalho realizado
em conjunto com o deputado Adriano e o apoio de todos os parlamentares. Ele
ressaltou a importância da proposição. “São medidas que, com certeza, vão
contribuir significativamente para amenizar o sofrimento de milhares de
famílias neste período de caos em que vivemos”, salientou.
O deputado Adriano disse que a matéria aprovada é fruto de
um trabalho de articulação da Assembleia e agradeceu a CCJ pela aprovação da
matéria. “Fico feliz com a aprovação dessas medidas e de poder contribuir com a
população maranhense neste momento tão difícil que vivemos”, frisou.
Defesa do Consumidor
As medidas estão fundamentadas no que dispõe o Art. 39,
incisos V e X, do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8078/90 –
CDC). Para os fins da definição de majoração de preços, deverão ser considerados
os preços praticados em 1º de março de 2020.
Parcelamento
A matéria prevê que, após o fim das restrições decorrentes
do Plano de Contingência, as concessionárias de serviço público, antes de
proceder à interrupção do serviço em razão do não pagamento anterior a março de
2020, deverão possibilitar o parcelamento do débito pelo consumidor. Determina,
ainda, que o débito consolidado durante as medidas restritivas não poderá
ensejar a interrupção do serviço, devendo ser cobrado pelas vias próprias,
sendo vedada a cobrança de juros e multa.
A proposição suspende o prazo de validade de documentos
públicos que necessitem de atendimento presencial para sua renovação ou
prorrogação pelo prazo de vigência da lei aprovada. Para tanto, estabelece o
prazo de 30 dias corridos para que as pessoas físicas e jurídicas, após o fim
do Plano de Contingência, requeiram a renovação ou prorrogação dos documentos.
A matéria suspende ainda a incidência de multas e juros por
atraso de pagamento das faturas de serviços públicos, concedidos enquanto
perdurar o Plano de Contingência da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Por fim, a proposição estabelece que o descumprimento das
disposições que apresenta ensejará a aplicação de multas nos termos do Código
de Proteção e Defesa do Consumidor, pelos órgãos responsáveis pela
fiscalização.
Relevância das medidas
Todos os deputados que votaram favoravelmente à matéria
destacaram a relevância das medidas para o momento que a população vivencia.
“As medidas são muito providenciais e chegam em boa hora. Parabéns aos
deputados Neto Evangelista e Adriano pela iniciativa”, frisou o deputado Zito
Rolim (PDT).
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