quarta-feira, 22 de abril de 2015

A verdade é dura, mas é a verdade: Igor Lago avalia propaganda enganosa da Prefeitura

Dr. Igor Lago, filho e único que pode ser legitimamente chamado de herdeiro político do Dr. Jackson Lago, de heróica memória, registrou a seguinte avaliação em sua conta do facebook e o blog reproduz na íntegra:

PROPAGANDA E REALIDADE PROVINCIANA
(São Luís do Maranhão)
igor lago
Antes, Upaon-Açu (Ilha Grande), a Ilha Rebelde fez história elegendo alcaides oposicionistas ao poder estadual, a lembrar os dois nomes mais emblemáticos desse oposicionismo: Epitácio Cafeteira eJackson Lago.
O primeiro nos anos 60, ao derrotar os candidatos do então jovem governador José Sarney, recém-eleito com o discurso do “novo”, apoiado pela Ditadura Militar e setores antivitorinistas, sendo ele próprio oriundo do vitorinismo.
O segundo, no final dos anos 80, já reunindo outros nomes com essa posição clássica do oposicionismo da capital contra o candidato do então presidente José Sarney e do então governador Cafeteira, aliados naquele momento.
A cidade cresceu, inchou e perdeu muitas de suas características, inclusive a influência eleitoral de seus segmentos de opinião. As lidas são outras. Já não respondem totalmente àquela tradição. Uma mistura política foi se consumando entre os seus candidatos eleitos ou não e os seus eleitores.
Cafeteira foi um grande prefeito da cidade sem o apoio do governo estadual, enfrentou até ameaças arbitrárias de destituição por parte do governador, teve de trancar-se noPalácio La Ravardiére armado com auxiliares, dentre eles o seu secretário de saúde Jackson Lago, e esperar a crise passar pois o novo dono do Maranhão, o do palácio vizinho de muro comum, queria tirar o seu adversário da prefeitura na marra. Cafeteira terminou seu mandato aprovado pela maioria da população e quase se elegeu senador em 1970.
Dizem as más-línguas (?) maranhenses que foi eleito mas não levou. Depois, foi eleito deputado federal com extraordinárias votações em São Luís (1974,1978 e 1982), governador (1986), senador (1990), candidato bem votado a governador (1994 e 1998) e a senador (2002) e eleito senador em 2006.
Lembrei-me, por suposto, do prefeito Jackson Lago que teve a oportunidade de se eleger três vezes (1988 e 1996 como candidato oposicionista e, em 2000, como candidato apoiado por esse segmento e em aliança com setores da então governadoraRoseana Sarney).
Nos seus três mandatos governou com recursos próprios da cidade e sem ajuda nenhuma do poder estadual. Não tinha canal nenhum com Brasília, pois o “dono do Maranhão” era o temido ex-presidente da República e dono de influências mil no Congresso e na Justiça.
Contudo, realizou muita coisa, especialmente nas áreas sociais, na educação, na saúde, na infraestrutura dos bairros periféricos. Recebeu vários prêmios de instituições nacionais e, por duas vezes, salvo engano, foi considerado o melhor prefeito do Brasil segundo o Datafolha.
Concorreu ao governo em 1994 e obteve 20% dos votos; em 2002, obteve 40,5% dos votos válidos, mas tiraram-lhe o direito de ir para o segundo turno com a anulação dos votos do candidato Ricardo Murad, pelo fato de ser cunhado da então governadora Roseana Sarney Murad (teve autorização do próprio TRE-MA que, depois da votação, decidiu pela anulação!), o que favoreceu o candidato sarneísta Zé Reinaldo; e, em 2006, superando todas as adversidades, inclusive de seu próprio grupo e de outras oposições, a exemplo da oposição dissidente do próprio governador Zé Reinaldo (que jamais aceitou-o como candidato das oposições!), mas teve de absorver o resultado do primeiro turno, quando Jackson Lago obteve 36% dos votos e reuniu todos os oposicionistas para a histórica vitória no segundo turno.
Por que lembro esses dois nomes e suas trajetórias?
Porque a mídia ligada ao atual prefeito de São Luis que, diga-se de passagem, é o pior de sua história, trabalha a ideia de que o atual prefeito não pôde fazer nada nos primeiros dois anos por causa do governo estadual adversário. E, agora, com o novo governo, tudo andará nos trilhos. São Luis será banhada em ouro!
Ele, seu pai e todos os que o influenciam poderiam muito bem lembrar um pouco da história da cidade e de suas administrações, a exemplo de Cafeteira e Jackson Lago.

Do JP de Bruno Leone

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