sexta-feira, 25 de março de 2016

Efeitos colaterais em São Luís


A conclusão é óbvia: tão logo a Prefeitura de São Luís confirmou o reajuste de 11,8% das passagens de ônibus da capital, a possibilidade de reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) voltou a ser o assunto mais debatido nas rodas políticas.

Principalmente num ano de eleição, as decisões administrativas dos gestores têm reflexos praticamente imediatos na seara política.

E não é diferente no caso em tela. Ao ceder à pressão dos empresários do setor de transportes – que habilmente têm usado os rodoviários como massa de manobra -, Edivaldo Júnior tomou uma decisão drástica que atende aos interesses de alguns dos seus mais fortes doadores de campanha nas eleições de 2012.
Por outro lado, ele contraria pelo menos 750 mil usuários do sistema na capital, a maioria deles eleitores de São Luís – que reverberam essa insatisfação em casa, no trabalho.
Some-se a isso o fato de que este foi o terceiro aumento de passagens só na gestão Edivaldo Holanda Júnior e está criado o cenário perfeito para os mais pessimistas aliados do prefeito praticamente jogarem a toalha.
É claro que uma eleição – ou, no caso, uma reeleição – depende de inúmeros fatores políticos e administrativos. Mas poucos deles têm poder tão devastador quanto mexer no bolso do eleitor tão perto assim do pleito.

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