A greve dos rodoviários na Grande São Luís chegou nesta quarta-feira (26) ao seu segundo dia sem avanço nas negociações.
A reunião entre o Sindicato das Empresas de Transportes (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), prevista para terça-feira (25), não aconteceu, inviabilizando a retomada da circulação dos coletivos na capital.
De acordo com o Sttrema, as negociações para a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho não progrediram. O SET alega falta de recursos para garantir o salário dos rodoviários em abril e responsabiliza a Prefeitura de São Luís e o Governo do Maranhão pela ausência de repasses financeiros para a operação do serviço.
A Prefeitura de São Luís admite a falta de repasses, mas argumenta que os empresários não cumprem acordos, já que o SET teria se comprometido a melhorar o transporte público, o que não ocorreu. O Governo do Maranhão, responsável pelo transporte público semiurbano, ainda não se manifestou sobre a falta de ônibus nos municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
A greve dos rodoviários teve início na terça-feira (25) após uma audiência de mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) na segunda-feira (24). O objetivo da audiência era fazer com que o SET cumprisse o acordo firmado com os rodoviários e assinasse a Convenção Coletiva de Trabalho, documento que garante os direitos dos trabalhadores.
No entanto, a Justiça do Trabalho considerou a paralisação de 100% dos serviços rodoviários ilegal por impedir a continuidade do serviço público. O desembargador José Francisco de Carvalho Neto determinou que 70% da frota de ônibus continuasse circulando na Grande São Luís, estabelecendo uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
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